domingo, 20 de dezembro de 2009

Agora como antes


Veja a luz tão cinza acesa.
Veja a rosa tão linda, presa.
Veja a menina que brinca só.
Eu ouço a canção, eu ouço a voz.

Quero o meu canto nas aldeias.
Quero o meu rastro nas areias.
Quero que seja como antes.
Quero poetas, eu quero errantes.

Uma toada na viola.
Uma caixinha de esmola.
Eu quero a paz de um rancho.
Eu quero Deus, eu quero um anjo.

Diga aos velhos amigos, companheiros antigos:
quero que seja como antes.
Como poetas. Como errantes.

Luiz Filipe Penido

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